POR QUE 2024 PODE SER CONSIDERADO UM MARCO PARA A COMUNIDADE LABORATORIAL?

O ano de 2024 foi, sem dúvida, de muitos desafios para a comunidade laboratorial. Mas foi também um ano memorável e marcado pela maior valorização das análises clínicas e pelo reconhecimento de seu protagonismo na saúde das pessoas.
Reconhecer os sucessos é importante, assim como ponderar quais são as melhorias pelas quais iremos trabalhar no ano que se inicia. É por isso que seguimos atentos em relação à RDC 786. Ao longo de 2024, percebemos que ainda há uma série de discrepâncias sobre o entendimento dessa normativa, que foi aprovada em 2023 e que teve sua implementação colocada à prova durante esse ano.
As divergências em relação à avaliação realizada pelas vigilâncias sanitárias regio-nais, em municípios de todo o Brasil, levou a SBAC, mais uma vez, a se posicionar a favor dos pequenos e médios laboratórios do País, participando ativamente do processo de revisão da RDC 786 junto à Anvisa. E, ao tomar tal partido, o que a So ciedade Brasileira de Análises Clínicas está defendendo é a qualidade, a idoneida de e o futuro desses importantes players da saúde. Nós sabemos que é nas bancadas dos laboratórios que o conhecimento científico se transforma em prática para melhorar a saúde das pessoas, todos os dias. E é por isso que não esmorecemos e seguimos adiante, pois sabemos que valorizar a comunidade laboratorial é um passo essencial para promover a melhoria da saúde de toda a população. Os pequenos e médios laboratórios oferecem capilaridade ao diagnóstico laboratorial e, por isso, são capazes de chegar aos mais distantes municípios brasileiros e viabilizar que as análises clínicas possam cumprir seu papel primordial de • apoiar o diagnóstico, o manejo clínico e a segurança dos pacientes. Por isso, não medimos esforços para evidenciar o protagonismo das análises clínicas.
E importante destacar que a SBAC pauta as suas ações e reivindicações a partir do conhecimento cientifico, e foi assim que, neste ano, lideramos a criação de uma Proposta de Política Nacional para Diagnóstico Laboratorial, que prevê, pela primeira vez, a inserção das análises clínicas nas políticas de saúde pública.
Como representantes da comunidade científica no setor, temos o papel de garantir que o conhecimento científico atualizado seja o ponto de partida para a tomada de decisões. E isso abarca o campo político ou, como gosto de definir, o posicionamento político-cientifico da SBAC.
Não posso deixar de pontuar, ainda, que esse foi um ano de consolidação de nossa parceria com entidades científicas de prestígio global, como a Internation Federation of Clinical Chemistry (IFCC) e a Association for Diagnostics & Labora-tory Medicine (ADLM). Também estreitamos as relações interinstitucionais com as principais associações brasileiras no diagnóstico laboratorial. Alegra-me profundamente ver os resultados desses esforços coletivos: recebi recentemente o generoso reconhecimento da Camara Brasileira de Diagnostir como Personalidade do Diagnóstico em 2024, prémio já conferido a grandes nomes como Prof.
Barbério e Prof. Gonzalo Vecina
Mais do que um prêmio pessoal, vejo essa homenagem como um voto de con-nança na SBAc e nos objetivos que nos unem. t encerro essa reflexão com um sincero agradecimento a todos os nossos parceiros de jornada. Que estejamos ainda mais unidos e fortalecidos em 2025, buscando um futuro promissor para a nossa comunidade do diagnóstico laboratorial.