Vamos começar a nossa interação de hoje com uma frase muito conhecida: “Pedi, e dar-se-vos-á, buscai, e encontrareis…”. Você já deve ter ouvido ou lido essa frase alguma vez na vida e é possível encontrá-la na Bíblia, no livro de Mateus, no capítulo 7 e versículo 7. Mas se hoje não é dia de culto ou missa, por que estou citando esta frase?
Quando precisamos buscar informações ou avaliar a segurança e a integridade de processos e atividades dentro do laboratório normalmente dizemos que é preciso auditar. Mas, para auditar precisamos definir por qual tipo de auditoria passaremos.
Existem 3 tipos de auditorias: auditoria de primeira parte: que corresponde a auditoria interna realizada por profissionais treinados e que atuam na instituição; auditoria de segunda parte: que é uma auditoria externa, normalmente realizada pelos fornecedores/clientes do laboratório e a auditoria de terceira parte: também externa, mas com o foco no cumprimento de normas e regulamentações e na certificação.
Respondendo a pergunta do início do texto, quando o gestor de um laboratório precisa verificar os seus processos internos ele solicita uma auditoria para o setor da qualidade (“pedi e dar-se-vos-á”) que escolhe qual o melhor tipo e auditoria para o momento, agenda a auditoria e a realiza em busca de conformidades e oportunidades de melhoria (“buscai, e encontrareis”) e ao final emite um relatório que irá auxiliar o gestor a melhorar seus processos, mitigar riscos e ampliar a segurança de suas atividades.
A realização das auditorias internas é uma excelente ferramenta de gestão laboratorial, pois durante a realização desta atividade são verificados os processos do laboratório e avaliados os pontos fortes e fracos. Enquanto os pontos fortes precisam ser bem utilizados na rotina da empresa, os pontos fracos precisam ser estudados, mitigados e/ou eliminados das atividades da organização.
Além do monitoramento de pontos fortes e pontos fracos, as auditorias servem como processo de educação continuada, pois ao repassar várias vezes pelas atividades do laboratório e ao ser avaliada por profissionais diferentes a empresa tem a sua visão ampliada e aprende cada vez mais sobre seus processos internos, a conexão entre eles e a como buscar um fluxo mais seguro de informações e atividades.
Em acréscimo, as análises realizadas durante as auditorias internas auxiliam o gestor na definição do uso racional de recursos e, consequentemente, na diminuição de desperdícios, proporcionando economia para o laboratório.
É possível afirmar também que a auditoria interna ajuda a formalizar os processos de Auditoria interna como ferramenta estratégica de apoio a gestão Governança Corporativa e possibilita a definição das regras e valores que fazem parte da empresa que são responsáveis por conduzir as relações entre gestão, colaboradores, investidores e demais partes envolvidas no negócio.
Se não bastasse os pontos já apresentados, a realização de auditorias internas traz mais transparência para a organização, pois ela verifica com precisão todos os registros para evitar irregularidades e, ao fazer da prática parte da rotina, é possível ter informações mais seguras e transparentes proporcionando ao gestor laboratorial mais solidez e segurança ao tomar decisões sobre a empresa.
Com o uso de auditorias internas você vai conhecer a verdade sobre o laboratório e, como Jesus disse certa vez: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Frase forte e por este motivo espero que ao conhecer as verdades observadas e levantadas durante as auditorias internas realizadas em seu laboratório você possa ser libertado da falta de informação e que esta ferramenta possa te auxiliar a melhorar a gestão da organização e a segurança dos pacientes que você atende.
Nos encontraremos novamente em 2022, com muito mais conteúdo informativo para auxiliá-lo a melhorar os processos de gestão dos laboratórios.
Até lá!