A Secretaria da Saúde (Sesa) confirmou, em dezembro, a detecção da nova subvariante da ômicron no Espírito Santo. Conhecida como JN.1, é considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma variante de interesse. Segundo a Plataforma GISAID, essa é a primeira detecção da linhagem na região Sudeste, antes, ela havia sido identificada no Mato Grosso do Sul e no Ceará.
A identificação ocorre por meio do trabalho de vigilância genômica desenvolvido pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES). Após a rotina de sequenciamento, o resultado de 91 amostras referentes às semanas epidemiológicas (SE) 44, 45, 46, 47 e 48, contabilizou a detecção da JN.1 em uma das amostras.
“O Lacen/ES, mesmo com a diminuição do número de casos positivos, vem sequenciando 100% dos casos positivos. Somos o terceiro estado a reportar a sua ocorrência e o primeiro na região Sudeste. Essa amostra sequenciada se refere ao envio do dia 12 de novembro, e isso corrobora que, mesmo detectada, não podemos afirmar que a JN.1 trouxe alteração no quadro epidemiológico no Estado, porque além dos números de amostras enviadas estarem diminuindo, estamos observando também uma queda na taxa de positividade no ES”, explicou o diretor do Lacen/ES, Rodrigo Ribeiro Rodrigues, que ressaltou a importância de a vigilância genômica para a estratégia de saúde pública no Estado.
De acordo com a OMS, a JN.1 apresenta baixo risco para a saúde global e apresenta um crescimento lento em 47 países, entretanto, ela tem sido responsável pelo aumento expressivo de novos casos de covid-19 no Ceará.
No Espírito Santo, embora não seja observada uma tendência de crescimento de novos casos, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, destaca que os cuidados de enfrentamento ao vírus devem ser continuados.
“A vacinação contra a covid-19 está disponível para toda a população elegível acima de 6 meses de idade. É importante que, especialmente os grupos prioritários, mantenham a atualização do esquema vacinal. Vale lembrar que para os idosos com mais de 60 anos e pessoas imunossuprimidas há a segunda dose bivalente disponível para vacinação, e além disso, precisamos reforçar a vacinação das crianças, cujas coberturas estão baixas”, destacou o subsecretário.
.Fonte: (Lacen/ES).