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Traçando o Perfil do Profissional de Laboratório

Selecionar novos profissionais para atuarem no laboratório é uma tarefa que pode apresentar alguns desafios, pois vários fatores devem ser considerados quanto à qualificação desejada.   O currículo de um candidato é apenas um dos fatores que devem ser levados em consideração ao realizar uma contratação, e definir claramente o perfil do profissional desejado pode ser a dificuldade para muitos gestores.

Provavelmente você já ouviu a frase “para quem não sabe onde vai, qualquer caminho serve”, imortalizada por Lewis Carroll, ao escrever Alice no País das Maravilhas, não é? Isso vale também para o recrutamento de pessoal. Se você não tiver uma ideia clara do que precisa, tem menos probabilidade de encontrar. Para isso, vamos te apresentar à metodologia CHA, um tripé de competências que devem ser consideradas durante a seleção do novo colaborador ou mesmo na relocação dos colaboradores já contratados.

A Metodologia CHA se refere às características compreendidas como Conhecimentos, Habilidades e Atitudes, cada uma se referindo a um conjunto específico de qualidades valorizadas na gestão de pessoas, e que somadas vão indicar o grau de competência do possível colaborador. Ao analisar o candidato, você deve investigar cada uma delas separadamente, tendo em mente quais pesam mais na definição do perfil almejado. Vamos entender melhor o que cada uma significa?

Conhecimento

Aqui, estamos nos referindo aos saberes adquiridos, à escolaridade, às qualificações formais como cursos e especializações, à competência teórica, à compreensão dos conceitos necessários à realização do trabalho. Inclui formação acadêmica, leituras e treinamentos regulares. Para algumas funções, esse é um item inegociável, caso da equipe técnica, dos profissionais responsáveis diretamente pelas análises e emissão de laudos. Já para outras, este é um dado que pode ser relativizado na medida em que o candidato compensar sua deficiência com outras competências igualmente importantes para o cargo.

Habilidade

A habilidade se refere a saber aplicar o conhecimento adquirido e têm muito a ver com experiência na função. Sabemos que a realidade frequentemente apresenta desafios que exigem a adaptabilidade dos conhecimentos, e essa capacidade depende em grande parte da vivência no cotidiano de um laboratório. Habilidade é uma das competências responsáveis por promover agilidade na dinâmica do dia a dia, por saber utilizar da forma mais lógica e produtiva os recursos à disposição naquele momento, por saber cruzar os dados absorvidos através do conhecimento adquirido de forma a avançar no cumprimento das rotinas apesar dos pequenos contratempos e impasses cotidianos.

Atitude

Se conhecimento é o saber adquirido e habilidade é o saber fazer, atitude se refere ao “querer fazer”, aos estados mentais e emocionais que impulsionam as atividades. Para entender melhor, talvez você já tenha ouvido falar nas soft skills (confira AQUI nosso artigo sobre o assunto). Elas se referem diretamente ao que é compreendido como “atitude” dentro da metodologia CHA, pois são competências sócio-emocionais importantes como flexibilidade, adaptabilidade, foco, capacidade de trabalhar em equipe e de organização, entre outras. Enquanto escolaridade, experiência, conhecimento técnico e teórico   e mesmo vivência podem ser adquiridos com dedicação e no devido tempo, as soft skills nem tanto.

É por isso que os profissionais detentores desses atributos vêm sendo cada vez mais valorizados em qualquer função, já que promovem um ambiente de trabalho produtivo, harmônico e dinâmico, reduzindo o desperdício de energia em questões periféricas aos interesses do laboratório. Se você deseja um colaborador interessado, pontual, comprometido com o laboratório, responsável e organizado, e que seja capaz de manter uma atmosfera leve e cooperativa no ambiente profissional, avalie sua atitude para com o trabalho. Importante, porém, lembrar que ninguém é perfeito, OK? Selecione, sim, mas dentro de uma perspectiva realista.Agora que você já conhece a metodologia CHA e sabe como identificar os diferentes grupos de competências positivas como critérios para seleção do novo colaborador, o próximo passo é buscar e realizar a triagem dos candidatos. Você tem dúvidas sobre este processo? Escreve para mim, no alexandre@aceleralab.com.br, e quem sabe este tema não vira assunto de uma outra matéria.