Umas das grandes angústias de quem recebe um diagnóstico de câncer é ter que passar pelo processo de quimioterapia e radioterapia. Esses tratamentos, apesar de eficazes, na maioria dos casos, costumam ser bastante agressivos ao corpo, uma vez que não agem somente na célula cancerígena, mas em todas as células do corpo humano. Com a evolução da chamada Medicina de Precisão, novos tratamentos especializados foram surgindo para a doença, como a Terapia-Alvo. Cleto Dantas Nogueira e Juliana Cordeiro, médico patologista e bióloga do laboratório Argos Patologia, detalham os métodos para a iniciação desse método.
Na Terapia-Alvo, segundo o Dr. Cleto, o tratamento do câncer é realizado por meio de medicamentos direcionados para pontos específicos do organismo, como os genes e as proteínas envolvidos no crescimento e na sobrevivência das células cancerosas. Com isso, o processo preserva as células saudáveis do corpo, agindo diretamente no ambiente em que se localiza o tecido que ajuda o câncer a crescer e a sobreviver ou somente nas células tumorais.
“Esse direcionamento do tratamento é personalizado para cada paciente mas, para isso, é preciso identificar inicialmente as alterações genéticas que ajudam o tumor a se desenvolver, como uma proteína específica presente na célula cancerígena, por exemplo. Quando nós constatamos essa informação, é possível indicar um fármaco que atinja o alvo”, detalhou o médico patologista..
Para a escolha da terapia-alvo assertiva para cada paciente, Juliana defende que é fundamental um processo diagnóstico ágil, fazendo uso da tecnologia NGS (Sequenciamento de Nova Geração), capaz de realizar o sequenciamento automatizado de DNA e RNA.
“Com essa tecnologia, que nós utilizamos no laboratório Argos Patologia, é possível a avaliação de até 50 genes, e identificar precisamente as mutações ocorridas nas células tumorais, além de agilizar a realização de testes moleculares cruciais para o direcionamento preciso do tratamento oncológico, possibilitando melhorias na jornada do paciente portador de neoplasias”, explica