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Câncer de Mama
Qualquer mulher pode desenvolver o câncer de mama, alerta
oncologista da Sociedade de Medicina de Campinas
Diagnóstico precoce, com mamografias anuais, melhoram as chances de cura
Embora algumas mulheres apresentem um O principal sintoma de um câncer de mama
risco mais elevado de câncer de mama devido a é o surgimento de um nódulo na mama e,
um histórico familiar, a grande maioria dos casos eventualmente, acompanhando, um nódulo na
não está relacionada a fatores hereditários. Isso axila. “Em alguns casos, a mulher pode perceber
significa que qualquer mulher pode desenvolver algumas lesões na pele, como pequenos nódulos,
câncer de mama, especialmente a partir dos 40 ou eventualmente pequenas feridinhas na pele que
anos de idade. O alerta foi feito pelo oncologista podem ou não estar associadas a dor”, comenta.
Dr. Leonardo Silva (CRM 149.522) em mais um vídeo “Em casos menos comuns, a mulher também
Dicas de Saúde da SMCC (Sociedade de Medicina e pode referir uma sensação de calor na mama e até
Cirurgia de Campinas). Acesse neste LINK https:// mesmo uma vermelhidão na pele. Na presença de
youtu.be/cnVwMImAAk4. Dr. Leonardo Silva - médico oncologista algum desses sintomas, a mulher deve procurar
O câncer de mama é o mais frequente no atendimento médico”, orienta.
mundo. “A estimativa é de que uma em cada oito o tabagismo e evitar consumo excessivo de álcool. De acordo com o oncologista, o tratamento do
mulheres vai receber o diagnóstico de câncer de No entanto, mesmo com todas as medidas de câncer de mama envolve diferentes modalidades,
mama em algum momento da sua vida. No Brasil, estilo de vida, a gente sabe que a redução chega, como, por exemplo, cirurgia, radioterapia,
a estimativa, para cada ano, entre 2020 e 2022, é no máximo, a cerca de 30%. Por isso é importante quimioterapia, medicamentos que agem
que mais de 66 mil novos casos de câncer de mama falarmos sobre a mamografia, que é um exame de bloqueando vias hormonais e até mesmo alguns
sejam diagnosticados nas mulheres”, afirma o rastreamento do câncer de mama”, destaca. anticorpos monoclonais. “Como não existe um
oncologista. O objetivo do exame, segundo Silva, é identificar único tipo de câncer de mama, o tratamento deve
De acordo com ele, algumas medidas a doença nos seus estágios mais iniciais, quando as ser definido individualmente para cada mulher, diz.
relacionadas ao estilo de vida podem ajudar a chances de cura são bastante elevadas. O exame Patrícia Capovilla
reduzir o risco da doença. “Por exemplo, prática deve ser feito em todas as mulheres a partir dos 40 redacao@capovillacomunicacao.com.br
regular de atividade física, controle de peso, evitar anos de idade, uma vez ao ano. (19) 99284-1970
Doença da borboleta
Epidermólise Bolhosa e os desafios
de viver com a síndrome
A Epidermólise Bolhosa (EB), conhecida como a doença da pele de
borboleta, é uma enfermidade genética rara que causa bolhas e lesões na pele
difíceis de cicatrizar. Os jovens que convivem com a enfermidade passam por
um processo intenso de aceitação em um período de constantes mudanças na
vida.
A influenciadora digital Letícia Paula de Souza, 28 anos, tem Epidermólise
Bolhosa e conta que por muito tempo viveu isolada, como ela mesma diz, “em um
casulo”. Coisas simples, como escrever, eram um desafio, uma vez que a doença faz
com que os dedos das mãos e pés fiquem unidos. “Aprendi a tentar, quantas vezes
forem necessárias. Eu posso e sou capaz de conquistar o mundo, só preciso provar
algo a mim. Sair do casulo não foi fácil, mas com persistência consegui voar alto”,
conta.
Yasmin Mathias Rocha - estudante de Direito
A conquista da autonomia é um dos maiores desafios para quem tem
EB e durante a pandemia este foi um grande empecilho. “A presença do
novo coronavírus tirou um pouco da minha autonomia. Mas nunca me
desencorajei por causa da doença, sempre penso que é só na pele, então
são pequenas coisas que eu não posso fazer”, detalha a estudante de
direito Yasmin Mathias Rocha, 22 anos, de São Paulo (SP), que também tem
Epidermólise Bolhosa. Sua rotina inclui duas horas dedicadas aos cuidados
com os curativos na pele, trocados com o auxílio da sua avó, além de um
estágio de meio período, aulas da faculdade e atividades típicas da idade,
como passear de carro, ver os amigos, participar de festas e outros eventos
sociais.
A necessidade de isolamento em casos como o da Yasmin foi
maior porque a baixa imunidade e as dificuldades respiratórias
eram complicadores da Covid-19. “As lesões na pele não são um
potencializador da transmissão, mas os problemas respiratórios
característicos de quem sofre com a Epidermólise Bolhosa são um
ponto de alerta”, explica o Antônio Rangel, enfermeiro e consultor
da Vuelo Pharma, empresa que fornece um dos principais produtos
utilizados pelos pacientes com epidermólise bolhosa, a Membracel.
Mais informações https://www.vuelopharma.com/
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