LABTEST & VIRTUE ANUNCIAM PRODUÇÃO DETECNOLOGIA DE PONTA INÉDITA NO PAÍS. NOVIDADE PODE MUDAR PANORAMA DE DETECÇÃO DE VÁRIOS TUMORES

Patricia Donado Vaz de Melo, Project Management Director da LABTEST VIRTUE
Andrea Penna – jornalista

A aquisição da Labtest pela VIRTUE DIAGNOSTICS, uma empresa com sede em Singapura,
aconteceu oficialmente em setembro de 2022. Em um ano sob nova administração, os muitos resultados e novidades na área de diagnóstico in vitro são surpreendentes! A Labtest anuncia
que traz para o Brasil a produção inédita de tecnologias de ponta, e por isso entra definitivamente na disputa com multinacionais consolidadas, como Abbott, Siemens, Roche e outras, de
um mercado de aproximadamente 19 bilhões de dólares.
O fato tem implicações na oferta de inúmeras inovações, como equipamentos
e reagentes de última geração para laboratórios de porte médio, uma oportunidade a custo acessível que pode mudar o cenário no país de diagnóstico in vitro de doenças infecto contagiosas, tumores, alterações hormonais, dentre outras condições, de acordo com a Dra. Patricia Donado Vaz
de Melo, Project Management Director da LABTEST VIRTUE. “A linha de quimioluminescência
(CLIA), na fase 1, compreende 61 produtos entre reagentes e equipamentos.
Diversas etapas do projeto já foram concluídas, inclusive a publicação de registro sanitário
de vários produtos, pela ANVISA. Adicionalmente, há aqueles que já se encontram na
fase de validação da produção, que consiste no escalonamento da capacidade de produção,
para então, lançá-los ao mercado.”, completou. A aquisição da Labtest pela Virtue já veio
com o propósito muito claro de tornar a empresa o polo industrial e comercial do grupo
para a América Latina, e a linha CLIA (chemiluminescent immunoassay) foi escolhida
como “carro-chefe” nesse processo de transferência de tecnologia.
A produção dos primeiros kits em escala da nova linha CLIA aconteceu em 18
de setembro de 2023, trata-se do AFP Reagent Kit Ref. 4007, um produto para
detecção quantitativa de alfafetoproteína (AFP), cuja dosagem pode ser utilizada para investigar carcinoma hepatocelular, bem como outros tumores, como o câncer de testículo, estômago e embrionário.
Há ainda dois equipamentos para diferentes portes de laboratórios: um menor, com a capacidade de
realizar 120 testes/hora, e outro maior, com capacidade para 240 testes/hora.
Esse equipamento menor pode ser incorporado à estrutura de laboratórios
de pequeno a médio porte, num custo bem acessível, de acordo com o CEO
Alexandre Guimarães. Dentre os reagentes, há testes para diferentes perfis
como aqueles para marcadores tumorais (HE4, CA-125, PSA), doenças
infecto-contagiosas (HIV, Hepatites, Sífilis), homonais e tireoidianos (β-HCG,
Cortisol, TSH, T4) e outros. Os novos projetos abarcam também a expansão da linha de bioquímica.
A fabricação de reagentes de CLIA no país, com transferência de tecnologia de ponta,
é uma das maiores novidades no mercado de diagnóstico in vitro, “é uma oportunidade
imensa, tanto tecnológica, como comercial”, resumem Guimarães e Vaz de Melo. “Nossa
capacidade de competir muda de forma significativa: estamos saindo de um potencial de
atendimento de 8% para mais de 50% do mercado, com um portfólio que inclui bioquímica,
hematologia, quimioluminescência e biologia molecular”, conta Guimarães.
Dra. Patricia Donado Vaz de Melo contou que em apenas dois meses, o departamento
de P&D foi multiplicado por quatro com contratações de especialistas vindos
de outras empresas e instituições de pesquisa, como FIOCRUZ, e de universidades de
vários estados do país, para dar início ao processo que garantiu que essa transferência
de tecnologia acontecesse com enorme sucesso. A Dra ainda esclarece: “Contratamos
pessoas com bagagem relacionada a produtos semelhantes, ou seja imunoensaios, porém
não quimiluminescentes”.