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Opinião
RBAC - A REVISTA CIENTÍFICA DA SBAC
Dra. Mauren Isfer Anghebem
Coordenadora do Centro de Publicações da SBAC O planejamento estratégico da nova gestão da RBAC definiu algumas ações para
posicionar o periódico em um nível de destaque nacional e internacional a médio e
mauren_isfer@hotmail.com
longo prazo. Algumas mudanças importantes já foram realizadas, como a atualização
do escopo da revista, das grandes áreas temáticas, das instruções para autores e dos
critérios de avaliação dos manuscritos recebidos. Criou-se a posição de Editores
Associados e dezenas de Revisores foram incluídos, tornando o corpo editorial
Uma sociedade científica é formada por profissionais que atuam em um mesmo multiprofissional e multi-institucional.
segmento com a finalidade de estimular a produção e disseminação da ciência através O objetivo da RBAC é publicar novas informações que levem a uma melhor
de eventos e da comunicação científica. compreensão clínica-laboratorial dos mecanismos biológicos das doenças humanas,
A Sociedade Brasileira de Análises Clínicas – SBAC, fundada há 55 anos, tem sua prevenção, diagnóstico e manejo. Os manuscritos podem ser submetidos dentro das
como objetivo primordial desenvolver a especialidade de Análises Clínicas e os seguintes categoriais de comunicação científica: Artigo de Revisão, Artigo Original,
Laboratórios Clínicos, e fornecer informação segura à sociedade sobre assuntos Carta ao Editor, Comunicação Breve, Editorial, Imagens em Análises Clínicas, Nota
relacionados aos exames laboratoriais e à saúde. Técnica, Posicionamento da SBAC, Relato de Caso. Todas as contribuições enviadas
Por seu caráter essencialmente científico, em 1969, a SBAC lançou o seu periódico para publicação na RBAC são revisadas cegamente por, ao menos, dois especialistas
científico, a Revista Brasileira de Análises Clínicas – RBAC. Desde então, a RBAC na área.
se posiciona como um dos principais veículos nacionais de divulgação de informação Atualmente a RBAC está indexada nos seguintes repositórios de publicações
científica na área laboratorial. científicas de acesso aberto, como CrossRef Search, Diretório de Políticas Editoriais
A RBAC vem sendo publicada trimestralmente, de forma ininterrupta e, desde das Revistas Cientificas Brasileiras (Diadorim – IBICT), Eletronic Journals Library –
2016, é exclusivamente eletrônica. A versão digital promoveu uma maior visibilidade University Library of Regensburg (EZ3), Google Scholar, LILACS (Literatura Latino/
ao periódico, já que as edições do ano de 1997 até o presente podem ser acessadas americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Portal para periódicos de livre acesso
a qualquer hora, de qualquer lugar. Acesse o link https://www.rbac.org.br/a-sbac/ e na Internet (LivRe), Qualis Periódicos (CAPES), Repositório da Produção Intelectual
confira. da USP (ABCD USP), Sumários.org. As metas futuras envolvem a publicação de
Em consonância com os valores da SBAC, a RBAC divulga conhecimento todos os artigos em português e inglês, e a indexação em outras bases de dados.
qualificado e diversificado buscando a promoção de aprendizagem contínua, Os desafios de editoração de um periódico científico são grandes. Para dialogar
transversal, multidisciplinar, multiprofissional e relevante para o segmento laboratorial com a sociedade civil, científica e manter a periodicidade da publicação, a RBAC
e para a sociedade. deve contar com editores e revisores comprometidos e com a contribuição dos autores
Ao longo destes quase 54 anos, a RBAC foi gerenciada pelos editores-chefes, no envio de artigos de qualidade.
Dr. Mateus Mandu de Souza (in memoriam) e Dr. Paulo Murillo Neufeld. Em Convidamos a todos para considerar a submissão de suas pesquisas à nova RBAC!
2023, o Conselho Editorial da RBAC passou a ser coordenado pela Dra. Mauren Acesse o link para submissão:
Isfer Anghebem. * https://www.rbac.org.br/submissao/
Pesquisa
Com potencial para se tornar referência mundial em
Pesquisa Clínica, Brasil carece de investimentos no setor
Embora lidere regionalmente, o Brasil representa apenas 2% das pesquisas clínicas no cenário mundial
De acordo com o Conselho Federal de Medicina Representativas de Pesquisa Clínica (Abracro).
(CFM), o valor per capita que o governo utiliza Com uma população multiétnica que ultrapassa
em seus três níveis de gestão (federal, estadual e o número de 200 milhões de habitantes, e com
municipal) para cobrir as despesas com saúde dos diferentes tipos de clima, o Brasil é um país com
mais de 210 milhões de brasileiros é de R$3,83 ao enorme potencial para conseguir se tornar referência
dia. Em 2019, o gasto por habitante com saúde em em pesquisas clínicas. “A farmacogenética,
todo o país foi de R$ 1.398,53. por exemplo, que tem como objetivo estudar
Para garantir a segurança e eficácia dos tratamentos personalizados de acordo com as
medicamentos utilizados pelos brasileiros, foi segundo a empresa IQVIA, o país que possui muitas características genéticas de cada pessoa, necessita
necessário que eles passassem por uma etapa características para se tornar referência no setor ainda de estudos com populações multiétnicas, ou seja, o
fundamental antes de serem disponibilizados para o fica atrás quando o assunto é investimento em pesquisas Brasil é um local bastante favorável para esse tipo
público: a pesquisa clínica. clínicas. de estudo”, pontua Francisco.
Fundamental no desenvolvimento de um Aproximadamente 8.805 estudos de pesquisa Para que o país consiga se destacar nesse setor, é
medicamento ou vacina, a pesquisa clínica observa, clínica são feitos no Brasil, o que representa 42% do necessário que ocorra uma desburocratização da parte
registra e atesta as reações de uma droga ou fármaco total na América Latina. Embora lidere regionalmente, regulatória nos próximos anos e que os investidores
no corpo humano, de modo a garantir que seu uso seja o Brasil representa apenas 2% das pesquisas clínicas consigam ter a percepção de que o Brasil é um local
tanto eficaz quanto seguro. no cenário mundial. “Uma característica de países conhecido por conta da sua diversidade populacional.
Apesar da importância das pesquisas clínicas para desenvolvidos que investem regularmente em “O país só tem a ganhar com as pesquisas clínicas, pois
a evolução da saúde mundial por meio de descobertas pesquisas clínicas e possuem medicamentos de ponta, além de proporcionar qualidade de vida e opções de
de novas opções de tratamentos para diversas doenças, é a qualidade de vida e longevidade de sua população”, tratamentos, será uma fonte de geração de empregos e
o Brasil ainda carece de investimentos no setor. Mesmo afirma Fernando de Rezende Francisco, gerente irá colocar o Brasil em destaque no cenário mundial”,
sendo o 6º maior mercado farmacêutico do mundo, executivo da Associação Brasileira de Organizações finaliza Francisco.
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