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Opinião
Francisco Balestrin
Presidente do SindHosp – Sindicato dos Hospitais,
Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo
fbalestrin@sindhosp.org.br
Boris Johnson e o SUS
A partir da China, a Covid-19 chegou na Europa, Criado em 1988 e vencendo inúmeras batalhas, quando as figuras mais reconhecidas da nação
transformou-se em pandemia e alcançou o Brasil, o SUS ainda não consegue suportar toda a evitam as instituições públicas, fomenta-se ainda
onde ainda está presente, colocando à prova nossa demanda, mas foi capaz de apresentar eficácia mais a percepção equivocada de que o gratuito é
capacidade de cuidar dos cidadãos em um cenário em muitos setores como o de vacinação, câncer, ruim em sua integralidade.
difícil e desafiador. transplantes e vigilância sanitária, entre outros. E, Não podemos mais discriminar o SUS, que
O “atraso” na chegada do novo coronavírus ao ainda assim, temos todas as fragilidades expostas precisa de fortalecimento, de recursos financeiros,
Brasil nos colocou em vantagem, pois poderíamos diariamente sem reconhecimento das conquistas. de apoio político e, acima de tudo, de união
aprender com os erros alheios. Será que Boris Johnson mudou de ideia quando se viu entre todos os players dessa complexa cadeia.
aprendemos? infectado e foi encaminhado para um hospital da O momento é tenso: o SUS está sob pressão da
Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, rede pública, onde permaneceu uma semana em pandemia, por um lado, e terá que acolher os 327
hesitou e errou. Quando os ingleses começaram tratamento. Venceu a COVID-19 e, assim, angariou mil usuários que perderam seus planos de saúde,
a sofrer com a disseminação deste vírus, Johnson mais uma vitória à saúde pública inglesa. E aqui está de março a julho, por conta do desemprego. O
duvidou do poder devastador do patógeno e uma das principais diferenças entre o NHS ( National sistema enfrenta ainda o aumento da demanda
acreditou que quanto mais rápido seus cidadãos Health Service) e o SUS: quando os influenciadores pela retomada dos atendimentos eletivos, que
se infectassem, mais rápido a população estaria ingleses precisam de atendimento médico, eles foram adiados para liberar leitos e evitar ida a
imunizada, retornando às atividades e permitindo usam a saúde pública; por aqui, quando nossos hospitais. Foram 388 mil cirurgias não urgentes a
o giro da economia. governantes buscam atendimento, acessam menos no SUS de março a junho.
A estratégia inglesa não se sustentou. Ao diretamente a rede privada em hospitais de Para piorar, somam-se as graves consequências
receber um estudo científico que cogitava 250 primeira linha, buscando essas ilhas de excelência da reforma tributária como foi apresentada pelo
mil mortos por COVID-19 na Inglaterra caso não . A mudança brusca de direção da Inglaterra no governo. Criando mais imposto aos hospitais e
houvesse uma intervenção mais vigorosa, Johnson enfrentamento da pandemia fez com que o país serviços de saúde privados, ela obrigará mais
se rendeu à ciência e mudou suas ações. Apoiou ovacionasse ainda mais o atendimento universal e usuários dos planos de saúde a migrarem para
o distanciamento social, deu suporte ao sistema gratuito proposto pelo NHS. o SUS. A carga ficará para o SUS. E a conta para
nacional de saúde e colocou o país em uma nova Nossa saúde suplementar é muito bem os cofres públicos. É o governo dando o tiro no
rota de combate à pandemia. estruturada e é indispensável para o país. A rede próprio pé.
Assim como o Brasil, a Inglaterra tem um pública só funciona com o suporte da rede privada Boris Johnson tinha razão. É hora de fazermos
sistema de saúde universal e gratuito. Mas por que e precisamos entender – e enxergar – que a luta é o Brasil vencer também. Identificar nossos deslizes,
o sistema inglês é tão vangloriado enquanto nós por um único sistema que envolva público e privado investir em mudanças e melhorias, reconhecer
temos apenas críticas a nós mesmos? para o melhor atendimento populacional. Porém, nossas vitórias e unificar nossos objetivos.
DB Diagnósticos investe R$75 milhões em 2021
Maior laboratório de apoio do país comemora 10 anos de história e celebra vitórias
Com foco agora em tecnologia, o DB traços fluidos da marca principal, mas remetendo o
Diagnósticos pretende injetar R$75 milhões só esse desenho de um DNA.
ano. Segundo o diretor-comercial, Tobias Thabet Acompanhando as alterações, as marcas DB
Martins, o DB quer trazer mais soluções aos seus Patologia e DB Toxicológico também se renovam.
parceiros. “Os investimentos serão principalmente O DB Patologia, sede que realiza, basicamente,
em soluções digitais, no atendimento e no aumento exames que fazem diagnósticos de câncer, por
da capacidade produtiva, que pretende chegar a 20 meio de métodos como Imuno-histoquímica
milhões de exames mensais, com a expansão de e Citopatologia, também teve alteração na
novas unidades dando continuidade ao modelo de tonalidade do tradicional rosa, e seu formato faz
descentralização e uma unidade dedicada ao DB menções às células do tecido humano, quando
Toxicológico. Estamos trabalhando em um grande vistas em um microscópio. O DB Toxicológico, que
movimento em direção à evolução tecnológica”, se dedica aos exames de Larga Janela de Detecção
explica o diretor. e de Toxicologia Ocupacional, foi repaginado
A mudança será em três grandes pilares: totalmente na sua identidade visual, com uma nova
pessoas, processos e tecnologia. “Queremos cor, trazendo um laranja mais vivo e um símbolo
que nosso parceiro faça parte dessa transição. que faz referências às ligações químicas.
Esses três eixos são fundamentais para o automação de processos e desenvolvimento de “Não é apenas uma nova identidade visual
desenvolvimento de todo esse trabalho. Só algoritmos para análises preditivas. ou uma nova marca, mas sim uma nova forma de
com a aplicação de tecnologia não conseguimos Acompanhando toda a evolução tecnológica, pensar, de encarar o nosso negócio. No DB, nós
fazer nada. Precisamos de pessoas qualificadas e o DB também reformula a identidade visual somos movidos pela evolução e, por isso, queremos
melhorias de processos também. Os três pilares e apresenta ao mercado uma nova marca. As que todos façam parte desse movimento com a
têm uma união muito significativa para esse novo mudanças visuais podem ser vistas na nova gente”, finaliza o diretor.
caminho acontecer. A sinergia desses pontos é logomarca do DB, que se transforma em um símbolo
a grande estratégia de toda essa renovação na que remete ao infinito, trazendo o conceito de
empresa”, complementa Tobias. uma marca contínua, duradoura e ilimitada. A cor
Com o uso intenso de Cloud Computing, IoT e principal continua a mesma, o verde-água apenas
Big Datas, a empresa se reposiciona agora como ganha uma nova tonalidade e vem acompanhada
uma empresa de tecnologia, orientada por dados, agora do azul. Não só a marca “mãe” do DB ganha
fazendo uso da inteligência de mercado e da uma nova roupagem, mas também as unidades
inteligência artificial para melhorias de fluxos, dedicadas, como o DB Molecular que segue os www.dbdiagnosticos.com.br
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