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Opinião
Francisco Balestrin
Presidente do SindHosp – Sindicato dos Hospitais,
Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo
fbalestrin@sindhosp.org.br
Já é possível conviver com a Covid?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), fundamentais para garantir a sobrevivência do cargo além disso tudo, ainda é possível encontrar uma certa
pandemia é a disseminação mundial de uma nova político de maior destaque durante o seu mandato. resistência à vacinação infantil. Sabe-se que cerca de
doença. O termo passa a ser usado quando uma Nos EUA, Donald Trump morreu politicamente, não 20% da nossa população encontra-se na faixa etária
epidemia, surto que afeta uma região, se espalha por só pela pandemia, mas também pelo fato de não de 0 a 11 anos: estamos falando de quase 30 milhões
diferentes continentes com transmissão sustentada dominar a Câmara. de crianças que precisam ser vacinadas. Não sendo,
de pessoa para pessoa. Quem decreta a pandemia é E assim essas preocupações começam a aflorar com certeza irão contrair ou serão vetores da doença.
a própria OMS, justamente ao perceber que vários também nesse instante. Muito daquilo que era Indubitavelmente, a vacinação infantil hoje se tornou
países do mundo estão de alguma forma sendo considerado efeito econômico, já começa a ser uma ação prioritária em qualquer país que queira sair
afetados por uma bactéria ou vírus e que esta doença vencido. Existe hoje um aumento do fluxo de desta fase de pandemia e ir para a fase de endemia.
está alastrada, consequentemente há necessidade de mercadorias, produtos, vendas, mercado imobiliário Muitas vezes esse vírus não se manifesta ou
cuidados sanitários. Se esse conceito não for definido, e de turismo que retornaram praticamente a sua apresenta poucos sintomas ao seu hospedeiro e isso se
começam a existir dificuldades para combater, normalidade. Neste contexto, esses países buscam confronta com uma janela de oportunidade surgindo.
entender a doença e principalmente como controlá-la. uma renovação política. A Ômicron infectou muita gente: todo mundo tem um
Neste instante, ainda não se pode dizer que Existem outras regiões que trazem essa realidade conhecido que foi contaminado ou adquiriu o vírus
estamos fora do ambiente de pandemia, vista a para este desenho sem uma notória preocupação durante os últimos meses. Essa condição de quando
existência muito alta de casos em muitos lugares do política, mas fazem isso de uma forma distinta ao se está doente revela a oportunidade de existir por
mundo, principalmente devido a essa nova variante analisar a saúde pública e a própria sociedade. A um breve período – normalmente de três a quatro
mais transmissível, denominada Ômicron. Mesmo Noruega é um grande exemplo. Por lá, foi decretado meses – uma janela em que se cria imunidade própria.
assim, é verdade que, hoje, vários países já pensam normalidade². Não é necessário o uso de máscaras, É o que chamam de imunidade de rebanho ou coletiva.
em alguma forma possível de convivência com essa eventos esportivos e shows estão ocorrendo sem É preciso então aproveitar essa oportunidade para
doença. restrições de públicos e tudo está “normal”. Nota- vacinar todos os que ainda não foram vacinados. Vai ser
Depois da pandemia, existe um outro estágio se que existe um esforço dos países em buscar essa perceptível a diminuição dos casos, prontos-socorros
chamado “emergência sanitária” e só após, quando “normalidade”, principalmente dos que já atingiram atendendo menos pessoas, menos internações,
tudo estiver mais controlado, é que se chega ao um alto índice de vacinação. menos ocupação de UTI..., mas é uma janela. É preciso
estado de endemia. Muitas nações já sinalizam para Mas como ainda se vive globalmente em um perseverar muito na vacinação principalmente com
esta condição. Isso significa conviver com a doença, ambiente de pandemia, mesmo esses lugares aqueles que tomaram só a primeira dose, os que ainda
sabendo que existe uma série de medidas não reconhecem-no e os controles realizados na aduana precisam tomar a terceira e as crianças. Logo, corre-
farmacológicas e farmacológicas - sendo a vacina e nas barreiras sanitárias continuam mesmo que se o risco de essa janela desaparecer e voltarmos ao
a principal - que de alguma forma manterá a vida minimamente. Muitas vezes essas ações, para a grande estágio que estávamos ou com o surgimento de uma
próxima da normalidade, cuja convivência com a maioria da população, são invisíveis. Quem não viaja nova variante. Seria um ato de irresponsabilidade
COVID-19 será possível. para o exterior, não sabe que existem esses tipos de técnica-científica e política saber que existem todas
A impressão que se tem é que esse estado de intervenções. Hoje, a prioridade no Brasil é muito essas variantes e comprovações científicas para não
endemia, desejado por todos, ainda demorará alguns diferente da preocupação em viajar para o exterior. tomar as atitudes necessárias.
meses para ser alcançado. É claro que dependerá Então, necessariamente precisa-se voltar ao Nós não estaremos seguros enquanto esse
da situação de cada um dos países. Aparentemente tópico vacinação. Ela é fundamental para que o número exacerbado de pessoas estiver sendo
os países, que estão decretando a COVID-19 como nosso país possa atingir esse padrão de endemia. contaminadas e internadas diariamente. Hoje em dia
uma doença endêmica, estão tomando essas ações Grande parte das nações, que estão buscando esse quase não se têm mais barreiras no nosso país: circula-
fundamentadas em análises próprias e locais, não conceito, são regiões que já atingiram altos níveis de se de carro de um estado para outro sem nenhuma
levando em consideração o resto do mundo, onde imunização. Mas, como o mundo vive uma pandemia restrição. Apesar de considerar uma ação correta,
de fato existe uma pandemia. Ainda hoje, o Brasil e a situação é singular de país para país, existem esta pode se tornar arriscada, podendo ocasionar um
registra uma média móvel alta de mortes. Este valor é regiões que contam com apenas 10% da população retorno de um outro vírus ou de uma nova mutação.
comparável a perdas de vida em guerra. vacinada com uma dose. No nosso país, observa-se E para isso é preciso perseverar na vacinação. Se
Parece-me que essas definições deveriam ser que, embora mais de 70% da população foi vacinada possível vacinar 100% da população, já que o conceito
analisadas estritamente sob o ponto de vista médico e com duas doses e 20% com três doses, há um número de imunidade já está abandonado no caso da COVID
científico, mas trazem muito do componente político muito grande de pessoas que tomaram só a primeira -19. Ela não é suficientemente atuante durante muito
de cada país. Parte destas nações terão um processo dose e não retornaram para a segunda. tempo para que isso aconteça. Não é como o sarampo
eleitoral no ano de 2022, assim como o Brasil. Mesmo Muitas vezes, esse indivíduo precisa se locomover que, ao se contaminar uma vez, consegue a imunização
os que não são processos majoritários como aqui dezenas de quilômetros para completar o esquema até o fim da vida. No caso da COVID-19, só é possível
(eleição para presidente), processos minoritários são vacinal. Por conta disso, acaba desistindo. No Brasil, adquirir a proteção quando estiver vacinado.
Marbenha Linko
CEO OFAC Brasil
Vice-presidente CRF-MA
Bioquímica Farmacêutica na CISAM
ofacbrasil@gmail.com
Organização Feminina de Análises Clínicas
Tudo começou há 4 anos, um ENCONTRO, de promover a educação continuada, focada no OFAC Brasil lança de forma inédita no mercado
a necessidade de MUDANÇA, promoção de NETWORK. das análises clínicas, o COB-Comunidade OFAC
NETWORK, CONEXÃO com pessoas e a TROCA Com tantos acontecimentos, principalmente Brasil, onde os participantes terão um espaço
DE EXPERIÊNCIA entre profissionais das análises nos 2 últimos anos, a OFAC Brasil continua com único para assistir aos cursos, interagir com outros
clínicas para discussão da rotina laboratorial, e assim, inovações e acompanha o que há de melhor na profissionais, e sua participação vai gerar uma
um aprendizado mútuo. Na época, 23 mulheres, educação continuada, na promoção de cursos moeda virtual, chamada “DOFACS", onde poderá
profissionais, empreendedoras, gestoras, líderes, de uma forma interativa e dinâmica, trazendo os ser trocada por benefícios, como inscrições a
presidente de conselho de classe, o local desse melhores nomes na área laboratorial, oferecendo congressos, brindes, mentorias, entre outras.
encontro? Um grupo de WhatsApp. aos ofacanos e ofacanas, conhecimento atual e Outra aposta, será a participação da OFAC Brasil
Essa rede de relacionamentos cresceu, das 23 tendências do mercado, porque o que move esse em alguns congressos presenciais pelo Brasil, onde
representantes, hoje, a OFAC Brasil é composta encontro é o desejo do saber, a busca constante acontecerá entretenimento, palestras e muito
não só por mulheres, mas pessoas que desejam de melhorias em seus negócios, estabelecendo network entre seus participantes.
crescimento pessoal e profissional. E desse network, trocando experiência e fortalecendo as Para a OFAC Brasil, o ano só está começando.
encontro despretensioso, surgiu a empresa análises clínicas. 2022, graças a Deus, muitas conquistas e
ORGANIZAÇÃO FEMININA DE ANÁLISES CLÍNICAS: Este ano, com uma diretoria jovem e atuante realizações, levando o melhor network às análises
a conexão dos analistas clínicos, com objetivo no marketing, liderada por Thiago d’El-Rey, a clínicas.
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